Prefiro
me entender como espírito, pois de todas as formas que tendei fazer
isto, foi na ausência de uma imagem definida e, na presença de um
sentimento muito forte, que pude me sentir mais íntimo de mim. Eu
quando criança encontrei meu refúgio nos meus sentimentos. Tudo que
eu precisava estava guardado no mais profundo de mim, na minha fé
pelas coisas. Todas a inconsequências e consequências da minha
infância foram gravadas pelas cores dos lápis de cor, das tintas, e
de tudo que eu pude me apropriar pra registrar que eu estou aqui. Eu
estou vivo.
Me
perdi por muitas vezes entre tudo o que sinto. E me neguei a
acreditar na loucura pois, que louco pode olhar pro degradê entre os
céus e o mar e se sentir emocionado? Prefiro revigorar meu íntimo
pelo som das ondas, enquanto vejo as nuvens andarem no céu,
imaginando que tons de azul eu mesclaria com branco pra encontrar o
degradê perfeito da minha vida.
Eu
como artista uso de tudo para criar. Me movendo pelas emoções e
pela minha sensível percepção de mundo, externizo com meus traços,
formas cores ou ausência delas, tudo que meu coração me pede para
comunicar. Muitas vezes, percebendo um mundo que transcende o meu
físico, me pinto do meu próprio espírito e, o ponho pra fora como
um recado da alma ao universo. Sou artista e, antes de qualquer coisa
um mensageiro. Ultrapasso o simples e o tangível ao encontro de todos
os corações. Sou como todos os outros, mas posso, como um dom,
tocar os céus e espalhar as nuvens com minha vontade e ação de
criar e recriar.
Wagner M.
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