Bruno Cavalcante



Eu sou o garotinho que acredita em contos de fadas! Aquela fantasia do cavalo branco, do castelo e o fato de que eu serei o príncipe encantado de alguém. Deito-me na cama à noite, fecho os olhos e acredito piamente em tudo. No Papai Noel, na Fada dos Dentes, na Fada Madrinha… Apesar de estar quase na casa dos vinte tenho um tiquinho de fé e esperança de que um dia irei abrir os olhos e tudo isso vai se tornar realidade. As vezes, eu tento me desapegar dessa ideologia, dessa fantasia, melhor dizendo, mas o lance é que é difícil se desprender totalmente de um conto de fadas porque no final do dia, a fé que mencionei se torna uma coisa engraçada. Ela aparece quando eu menos espero. E assim, em um dia qualquer, acabo percebendo que o conto de fadas é um pouco diferente do meu sonho. O castelo pode não ser bem um castelo. E que não é tão importante ter um “felizes para sempre” e sim um “felizes nesse exato momento”. E então, penso na vida que sonhei para mim. A pessoa que imaginei que iria estar ao meu lado. Penso no trabalho que sonhei em ter. Abro meus olhos. Dou uma boa olhada ao meu redor. Vejo como é a vista e sabe, sinto e absorvo tudo aquilo que me rodeia; é isso que mantêm a minha essência pulsando no meu corpo, porque eu sei que apesar das coisas que já passei, das coisas que ainda irei passar, ainda conseguirei, no fim do dia, resgatar o Bruno sonhador, da mente pulsante, do fôlego curto, tímido, alegre, confiável e do coração que não cabe no peito desde meados de mil novecentos e noventa e seis.

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